O fenômeno das influenciadoras virtuais: conexões vazias para a produção de riqueza de grandes marcas

Palavras-chave: influenciadores virtuais; humanos virtuais; vínculo comunicativo.
Ano: 2022

O presente artigo realizado em coautoria com a pesquisadora Giovanna Baccarin aborda o fenômeno dos humanos virtuais (HV), com foco na relação entre o crescimento das influenciadoras virtuais (IV), e o enfraquecimento dos vínculos comunicativos na época em curso. Objetiva-se apreender a motivação pela qual essas entidades virtuais são fabricadas por grandes empresas e por qual motivo são procuradas por milhares de seguidores humanos. No intuito de desvelar o problema da pesquisa, o estudo apresenta como corpus as principais influenciadoras virtuais do Instagram do ano de 2022 de acordo com o site virtualhumans.com: Lu da Magalu e Miquela. Inicia-se a argumentação com o mapeamento das reportagens e relatórios disponibilizados na rede sobre o segmento dos HV e dos IV. A seguir, são trabalhados os perfis escolhidos especificamente, a fim de levantar dados quantitativos para análise de resultados. Assim, são definidas as categorias de análise para a apreensão das manifestações dos usuários em comentários. Em adição, é feita a reflexão crítica dos resultados encontrados com base na articulação do referencial teórico das teorias críticas da comunicação, da mídia, do digital e do imaginário. Entre os principais autores utilizados, destacam-se: Ciro Marcondes Filho, Eugênio Trivinho, Malena Segura Contrera e Norval Baitello Jr. A pesquisa conclui, por meio da análise qualitativa do estudo de caso, associada à reflexão crítica, que as motivações para criação, circulação e manutenção dessas entidades virtuais são puramente mercadológicas, visto que as interações são esvaziadas de vínculo comunicativo e objetivam nada além da produção de riqueza para os proprietários das marcas que as fabricaram.