Sob a ótica das Ciências Jurídicas em união com as Ciências das Comunicação e da Cultura Digital, objetiva-se descortinar a violência invisível que permeia todo o contrato trabalhista do submundo cibercultural, no qual a mulher é condicionada à violação permanente dos seus direitos fundamentais por meio do sequestro da sua identidade simbólica.
Do momento da assinatura do contrato em diante, aquela mulher é despejada na periferia do imaginário social: as imagens, os vídeos e até mesmo o seu apelido são propriedades irrevogáveis do proprietário oculto da empresa e de todos os seus associados invisíveis.
Ressalta-se que a análise não é do ponto de vista moral sobre a atividade profissional, mas sim da defesa dos direitos humanos, que estão sendo violados.
Objetiva-se mobilizar o Poder Judiciário em peso em torno:
(i) da contenção deste retrocesso histórico dos direitos civis e sociais das mulheres; e
(ii) das preocupação com a preservação da vida dos pesquisadores/ jornalistas que denunciam esta barbárie.