Os termos de uso dos serviços das redes interativas condicionam os seus usuários à vigilância algorítmica. Ou seja, cada passo do indivíduo na rede é mapeado, processado e armazenado.
A partir desses dados, as empresas que controlam o “oligopólio ciberespacial” produzem um simulacro de realidade. Isto é, uma espécie de “mundo-cópia” no qual os sentidos originais são esvaziados.
Esse simulacro do real (ou “mundo-cópia”) é fabricado por meio de um dilúvio de imagens, vídeos e stories hiper-reais e apresentado por meio de um feed hiper-segmentado.
Assim, os algoritmos produzem uma noção de realidade completamente turva, banal e distorcida que conduzem afetos, desejos, identidades e mentalidades para comportamentos polarizados.
O objetivo é (i) rebaixar a consciência crítica da sociedade para que apenas sigam o fluxo das suas respectivas “bolhas”; e (ii) transformar valores sociais e pessoas em mercadorias que geram lucro para o proprietário dessas empresas.